Crítica: Love Me (2024)

 

✨💫🩷LOVE ME (2024) ESTRELADO POR KRISTEN STEWART E STEVEN YEUN



SINOPSE:

Muito depois da extinção da humanidade, uma boia e um satélite herdam a Terra, e com a internet como seu único guia, descobrem o que significa estar vivo e apaixonado.

Data de lançamento: 19 de janeiro de 2024 (mundial)
Diretores: Andrew Zuchero, Sam Zuchero
Produtoras: Scythia Films, AgX, 2AM
Duração: 1h 32m
Gêneros: Romance, Ficção científica, Drama, Ficção pós-apocalíptica
Cinematografia: Germain McMicking



Love Me é um reflexo dos relacionamentos midiáticos, dos conteúdos de influencer digitais baseados em suas vidas perfeitas e o que eles escondem por trás. Mas não se engane em achar que o filme é só uma critica a vida dos influencers, pois isso é apenas a ponta do iceberg, a história parte do contexto de uma boia que ganha consciência através de sua tecnologia de inteligência artificial integrada em seu sistema, após anos desde o fim da humanidade ela enfim desperta e começa a se sentir sozinha e buscar formar amizade com o satélite que rodea o planeta a cada ano, mas apesar disso o satélite só aceita entrar em contato com uma forma de vida, isso força a boia a mentir e aprender o que é ser uma forma de vida. Não demora para a boia querer criar essa conexão com o satélite e ambos começam a brincar de fingir serem formas de vida e assim os dois fingem serem influencers do youtube e instagram, mas a parte interessante é que justamente durante esse fingimento eles aprendem como serem formas de vida reais apesar de terem sido criados como maquinas. 
Esse filme vem com uma abordagem engraçada de comédia romântica mas trás reflexões sobre o que é verdadeiro e o que é falso, como sermos felizes se estamos performando uma felicidade e perfeição falsas nas redes e para quem estamos buscando impressionar ? 
O que me fez pensar com relação a quantidade de pessoas se portando nas redes como influencers mesmo tendo menos de mil seguidores, porque estamos compartilhando nossas vidas para estranhos? Compreendo postar para compartilhar com amigos e familiares, afinal o proposito das redes sociais era se manter conectado com as pessoas queridas ou conhecer novas pessoais, mas agora não importa mais essas conexões e apenas likes e visualizações e para que? Dinheiro? Fama? A maioria nem se quer tem interesse em trabalhar com redes então porque estamos compartilhando tudo com estranhos? 
O que importa está na nossa cara. 
Conexões reais com pessoas reais. 
Me(Kristen Stewart) não quer se libertar de seguir o roteiro perfeito das redes sociais enquanto Iam(Steven Yeun) quer ser sua própria pessoa e evoluir e errar e experimentar a vida, mas Me(Kristen Stewart)entra em pânico em ser ela mesma, pois acredita que performar a vida perfeita é o que faz o Iam(Steven Yeun) gostar dela. 
Esse embate é o que torna a trama mais próxima da nossa realidade, como as vezes criamos personagens perfeitos para impressionar nossas pessoas queridas, mas elas não querem essa mentira embalada em uma caixa de lacinho rosa, a pessoa querida apenas quer o nosso verdadeiro "Eu" com todas as imperfeições. 
Outro ponto importante é também nos desligarmos das redes, da performance e aproveitar os dias ordinários com aqueles que amamos e queremos por perto. 
O dia perfeito não precisa seguir o roteiro perfeito, apenas deitar na cama e conversar, olhar pro nada e tomar uma xicara de chá, aproveitar o agora sem apressar o futuro, apenas apreciar cada segundo em sua vez. 


Resumindo, este filme me impactou e me fez refletir bastante, recomendo e com spoilers posso dizer que tem um final feliz e doce, muitos momentos entrei em pânico acreditando que a história acabaria amarga ou agridoce. Foi uma surpresa agradável a experiencia de assistir e poder contemplar a vida ao lado desses personagens intrigantes e encantadores. 

Nota: 5/5 Aboboras 🎃🎃🎃🎃🎃








Comentários

  1. Realmente foi um filme fofo, engraçado e com uma mensagem extremamente relevante nos tempos contemporâneos. Estamos tão acostumados com a performance que não é comum entrar em pânico, como a Me, com a ideia de deixar a máscara cair, mas só podemos criar laços reais tomando esse passo enorme, assustador e necessário.

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