Crítica : As 7 Vidas de Lea

 As 7 vidas de Lea 📼



A série da Netflix Francesa que é a adaptação de um livro de mesmo nome conta a história de Lea que está passando por uns momentos difíceis pois não tem nenhuma expectativa de futuro e após encontrar um corpo morto ela fica intrigada sobre quem é essa pessoa e principalmente quando começa a viajar no tempo.
Lea ganha a capacidade de viajar para o passado quando vai dormir, mas a cada volta no passado ela está em um corpo diferente.

A série conta com 7 episódios de início ao fim que nos prende nessas redes de mistérios e o mais interessante é ir indo conhecendo cada personagem que a Lea entra no corpo e aprendendo as várias camadas que eles tem e juntamente a trama. Meu ponto favorito é o último episódio quando todo o mistério é revelado. Mas também gostei muito do episódio em que Lea vira Pye, sinceramente ela estava muito fofa e se sentindo mais livre em um corpo que nem era o dela. No episódio do Pye, Lea aprende a se arriscar mais e isso a faz até mesmo a querer criar planos para o futuro mais a diante.

Quanto aos personagens, eu amei praticamente todos do elenco juvenil, menos o rapaz que inicia morto no início da história. O ator era mais interessante quando ele interpretava a Lea dentro do seu corpo do que quando era ele mesmo. Entendo que a Lea deve ter se apaixonado por ter se identificado com o garoto, mas na realidade achei ele tão sem sal. Tão sem graça, principalmente perto do resto do elenco dos anos 90.
E uma coisa que me incomodou é que eu queria mais da amiga da Lea e o relacionamento com a garota do quiosque. Mas tudo bem. Isso não afetou a trama.
O final foi bem doloroso mas épico de fato.
Só queria um vislumbre do futuro.



🎃 4/5 Abóboras essa é a minha nota final.
Eu assisti a trama dublado e como sempre a dublagem nacional não deixa a desejar. ✨

Aviso que pode conter gatilhos sobre suicídio, violência doméstica, racismo, homofobia, gordofobia e contém algumas cenas sexuais não explícitas mas óbvias. Verifique a classificação etária. 

Quanto aos Spoilers aqui vai. 



A cena em que Lea está no banheiro no corpo do primeiro episódio é simplesmente épico porque é uma curiosidade da maioria das garotas. Como seria se masturbar tendo um penis? Mas como eu disse nada supera a cena dela como Pye. Lea acaba entregando um garoto perfeitinho mesmo estando no corpo de um completo babaca, porque ele é bonito, rico, e com a personalidade dela um fofo. Infelizmente esse episódio acaba alterando muita coisa no futuro mas que logo ela consegue concertar.

Quanto ao episódio da patricinha eu estava até suspeitando que o irmão dela era o pai do bebê, já que ela estava grávida. O que foi uma boa notícia ele não ser, o relacionamento fraternal deles era muito lindo para ser manchado assim, mas ficou uma pulga atrás da orelha pelo jeito que a família dela é.

Quanto ao final, fiquei triste que não sabemos como ficou o futuro. Apenas acreditamos que os pais da Lea serão melhores amigos para sempre, a mãe dela indo embora para Londres, e consequentemente a Lea deixando de existir. Mas eu gostaria tanto de que ela ainda tivesse a chance de estar viva. Lea é a melhor personagem nisso tudo, obviamente que ela sendo interpretada por várias pessoas foi incrível. Ela realmente teve sete vidas. 

Ela soube o que é ser um garoto acredito israelita (me corrijam se eu estiver errada), o que é ser uma rockeira dos anos 90, um playboy e consequentemente teve a experiência de como seria transar com uma mulher estando no corpo de um homem, uma ejaculação precoce, infelizmente como é ser agredida pelo pai, como é estar grávida na adolescência, como é ser uma mulher de meia idade, como é ser um vocalista de banda de rock e obviamente várias outras experiências. Como andar de skate, usar lsd e outros.

Lea em sete dias viveu uma eternidade.

Uma personagem que merecia mais.

Uma personagem que me intrigou.

Infelizmente acredito que ela deixou de existir.


Se você chegou até aqui e ainda tem vontade de assistir, corra para ver na Netflix. 

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